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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Fenômenos astronômicos incrementam o Céu de abril; Marte visível e eclipse lunar

Para os amantes da astronomia, o mês de abril traz boas surpresas. Logo no início do mês, o planeta Marte estará em sua distância mínima da Terra, fenômeno que acontece a cada dois anos, aproximadamente. Segundo o astrônomo Jair Barroso, do Observatório Nacional, mesmo longe, o planeta vermelho poderá ser observado sem utilização de qualquer instrumento. Ele explica que, no dia 8 de abril próximo, Marte estará em oposição ao Sol e alinhado com a Terra. “Poderá ser visto a olho nu desde o começo da noite ao leste, ou seja, no nascente. Estará ‘perto’ (angularmente) da estrela Espiga (ou Spica) da constelação da Virgem”, diz.

“A distância entre os planetas será de 93 milhões de quilômetros. E o seu brilho “rivalizará” com o da estrela Sirius do Cão Maior, a mais brilhante do céu noturno”, diz. Outro fenômeno instigante do mês acontecerá no dia 15: o eclipse total da Lua. Barroso diz que sua visibilidade será ampla, mas irá favorecer os locais situados mais para o oeste do Brasil e do continente, principalmente quanto à sua parte final. Segundo o pesquisador, os dados de suas fases mais importantes, em relação ao horário de Brasília são: início aproximadamente às 3h da madrugada (no lado poente), meio do eclipse total às 4h46min (já próximo ao clarear do dia no Rio de Janeiro, por exemplo) e final às 6h33min. “A duração do eclipse total, ou seja, a Lua imersa no cone de sombra da Terra será de 78 minutos”, relata.

O astrônomo João Batista Garcia Canalle, coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), destaca que, durante a evolução do fenômeno, a Lua estará entre a estrela Espiga e Marte. “E por estar mais próximo da estrela, fará do evento algo particularmente atraente”. “A tonalidade alaranjada que o nosso satélite natural costuma apresentar durante a fase de totalidade é uma característica desses eclipses. A luz proveniente do Sol que atinge a atmosfera da Terra é desviada sobre a Lua eclipsada, porém a atmosfera da Terra retém o lado azul do espectro de cores do Sol, resultando na cor alaranjada”, explica.